Luiz Carlos Freitas
MEU PERFIL
Luiz Carlos Freitas, 58 anos, natural de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil, é jornalista e romancista. De famÃlia humilde, começou a trabalhar muito jovem, exerceu as mais variadas profissões, até ingressar no Jornalismo. Foi repórter, editor de Cultura e editor-chefe do centenário jornal pelotense "DIário Popular". Paralelo à luta pela sobrevivência, desde cedo se sentiu fascinado pelos livros de histórias infantis e não parou mais de ler. "Foi amor à primeira vista, fui tomado por um vÃrus que morrerá comigo", costuma dizer. Apesar de pobre e, portanto, sem acesso à s obras dos grandes mestres, descobriu a Biblioteca Pública da cidade. Sentiu-se no paraÃso, boquiaberto diante daquele universo de obras e autores à sua disposição. Tornou-se um leitor compulsivo. A partir daà em seu Ãntimo instalou-se a certeza de que seria escritor. Aos 13 anos começou a escrever contos e crônicas, aos 17 concluiu o primeiro romance "Frutos do vosso ventre". Orientado pela leitura das obras dos gênios da literatura, conscientizou-se de que havia muito ainda para aprender, percebeu que apenas engatinhava na dura lida da literatura. Perseverou na leitura, assim como na escrita, quase todas as horas de lazer eram dedicadas ao ofÃcio de escrever. E se passaram mais de 40 anos, perÃodo no qual Freitas publicou seis livros e terminou outros dois, ainda inéditos. Continua lendo, aprendendo e escrevendo. Para ele, a literatura é o salvo-conduto para os humilhados e ofendidos, os oprimidos e explorados, à queles que nascem para ser apenas mais um na multidão e conseguem romper as amarras do Sistema. Freitas gosta de flores, de olhar o pôr-do-sol e as nuvens correndo pelo céu azul, embora se amarre numa noite de lua cheia. Defende a diversidade, a fraternidade, a solidariedade e ao amor ao próximo, abomina o egoÃsmo, a mesquinhez e a pobreza de espÃrito. Observa a vida com olhos de lince, coração e mente abertos, está sempre atrás de novas descobertas, consegue ver o que comumente não se vê. Suas obras são recheadas de personagens geralmente rebeldes, contestadoras e em busca de mudanças. Suas histórias tentam retratar a vida como ela é e apontam alternativas para um mundo mais fraterno e socialmente justo. É como escritor que ele procura dar sua contribuição para que o ser humano encontre a paz e a felicidade, entendendo que tudo está no "ser" e nunca no "ter".
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Há pouco, em 2011, Freitas foi diagnosticado com câncer no estômago. Herança genética, pois o pai, o avô e tios sofreram e morreram por causa da doença. Ele, ao contrário, foi submetido a uma cirurgia e extirpou o tumor, junto com parte do estômago. Sete meses depois o câncer voltou: no estômago, no pâncreas e no baço. Em 02 de janeiro de 2012 ele fez nova cirurgia. Extirparam-lhe os tumores, o que restava do estômago, o baço e partes do pâncreas. Ainda no hospital, no perÃodo pós-cirurgia, sofreu uma infecção hospitalar que o deixou 15 dias em coma. Os médicos lhe deram como morto. Ele sobreviveu. E continua vivo, escrevendo como nunca, agarrado à vida com tenacidade e vontade irrefreável de sair de cena somente quando tiver concluÃdo seus sonhos e projetos, quando deixar de amar a vida, à s pessoas e à natureza.